quarta-feira, 24 fevereiro 2016
Academia das Ciências de Lisboa celebra protocolo com Universidade do Minho
A Academia das Ciências de Lisboa, por intermédio do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa (ILLLP), que tem a missão de «assegurar ao Governo português consultoria em matéria linguística» (Decreto-Lei n.º 157/2015, de 10/08, art. 5.º), assinou um protocolo com a Universidade do Minho para construção de uma nova e moderna base de dados que irá albergar a versão digital do dicionário da Academia.
A importância que as referidas entidades emprestam à promoção das expressões científicas e educacionais e a procura de uma maximização dos recursos de que dispõem estão na génese do presente protocolo. Como consultora, a ACL conta com a Dra. Ana Salgado, membro do ILLLP, que trabalhará juntamente com a equipa dedicada ao Processamento de Linguagem Natural no Departamento de Informática desta mesma Universidade, coordenada pelos Professores Doutores Alberto Simões e José João Almeida, elementos com vasta experiência em gestão de dicionários, tendo ainda como consultor o Professor Doutor Álvaro Iriarte Sanromán do Instituto de Letras e Ciências Humanas.
O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, publicado em 2001, sob a chancela da Academia das Ciências de Lisboa e coordenado pelo Professor Doutor João Malaca Casteleiro, já está a ser atualizado.
O trabalho de coordenação da nova edição é da responsabilidade de Ana Salgado, lexicógrafa e gestora do Pórtico da Língua Portuguesa, recentemente nomeada membro da Academia. O ILLLP pretende a publicação de mais uma obra de referência na dicionarística portuguesa que seja um retrato fiel do estado atual da língua, descrevendo o uso que os falantes fazem da língua, mas sem descurar das orientações normalizadoras.
A nova edição, diz-nos Ana Salgado, respeitará os seguintes valores: “atualidade, através de um aumento significativo dos verbetes; modernidade, pelo cuidado que está a ser dado aos neologismos que todos os dias surgem na língua” e “pela reestruturação dos artigos do dicionário”; e “pelo rigor científico, através de um olhar atento exigido a qualquer lexicógrafo e, sobretudo no caso do dicionário em questão, pela recolha e análise de todas as críticas que foram sendo tecidas relativamente à edição anterior”. Acrescenta ainda: “O novo dicionário surge como renovação e ampliação da edição anterior. Esta obra, polémica como qualquer obra verdadeiramente pioneira, é uma peça lexicográfica de inegável valor. Inclusivamente, não nos esqueçamos que saiu como obra completa, isto é, de A a Z, ao contrário das duas anteriores tentativas académicas, que se ficaram pela letra A”.
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