advogado do Diabo
A origem da expressão é católica. Antigamente, sempre que se dava início a um processo de beatificação e canonização, a Igreja Católica designava uma pessoa para indagar a verdadeira santidade do candidato, procurando descobrir algum defeito ou falha no processo e levantando objeções sobre a sua elevação a santo.
Essa função era exercida pelo chamado advocatus diaboli, «o advogado do Diabo», que se contrapunha ao defensor do candidato, advocatus dei, «o advogado de Deus».
Ao longo do tempo, essa função acabou por desaparecer, mas a expressão ficou e hoje designa uma pessoa que defende uma tese ou opinião contra a qual toda a gente se manifesta ou um defensor de pontos de vista que aparentemente são indefensáveis.
Pensemos um bocadinho na sua origem: ora, de facto, o advogado do diabo iria argumentar que o suposto santo não era assim tão santinho como parecia…
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